terça-feira, outubro 24, 2006

Profissionais do volante





Depende de uma série de fatores, mas a realidade é que se você fizer as contas, é bem capaz que chegue à conclusão de que, na ponta do lápis, valha mais a pena andar de taxi todos os dias do que ter um carro.


Pra mim, pelo menos, é um fato. Moro a menos de 5 km de onde trabalho. Ao invés de gastar com gasolina, IPVA, seguro, manutenção e depreciação, prefiro investir em um fundo de renda fixa e utilizar o rendimento pra pagar taxis.

Então, por isso, acabo conhecendo vários deles e devo dizer que é no mínimo curioso ver a diversidade e conhecer as histórias. É tanto material que daria um blog. Mas vou me ater a posts periódicos sobre o assunto.

Dados interassantes (valor científico igual a zero):
* um taxista costuma trabalhar entre 6 e 7 dias por semana, com uma média de 10 a 12 horas por dia
* a média rodada é de 150 Km/dia
* um taxista que possui carro e ponto fatura, em média, 4,5 mil reais por mês

Considerando a renda média mensal brasileira, R$ 4,5 mil é muita coisa. Tudo bem que, pra isso, ele precisa comprar o alvará e o carro, investimento total de R$ 50 mil. Mas se ele não tiver nada disso, pode simplesmente alugar um carro de frota, pelo o qual vai pagar uma diária entre R$ 60 e R$ 80. Nesse caso, a renda cai para cerca de R$ 2 mil. Mas ainda assim é bastante dinheiro para a média nacional.

Isso explica a diversidade.

Já conheci taxistas intelectuais, empreendedores, economistas, contadores, publicitários... E, é claro, os pé-rapados. O taxista de hoje, por exemplo, não sabia a diferença entre "esquerda" e "direita". É verdade que muita gente se confunde, mas tem 3 profissões que não admitem isso: taxista, militar e professor de edução física.


foto> http://www.flickr.com/photos/hi-phi/95196639/

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